terça-feira, 26 de janeiro de 2010

GRAVIDEZ GERA GENTILEZA

Tô adorando essa fase da minha barriga de 7 meses, que qualquer ser humano de cara vê que estou grávida. Além de ter o maior orgulho de ser mulher e poder gerar um ser dentro de mim, fico feliz em ver o respeito que uma grávida recebe na rua, tanto de desconhecidos como de amigos.

É uma delicia chegar no baixo gávea lotado e de repente aparecer uma cadeira sabe-se lá de onde para eu sentar. Aliás, em qualquer lugar as pessoas fabricam um banquinho para a grávida sentar e eu adoro.

Estou curtindo as pessoas me darem passagem na rua, nas filas e sempre com um sorriso. Estranhos me perguntam com carinho: É menino ou menina? Não quer sentar? Está tudo bem? Calor, não é mesmo?

Essa semana a expressão “rei na barriga” fez todo o sentido para mim. Estou com a rainha na barriga, ando por aí toda feliz, me achando super importante por ter a responsabilidade de estar gerando um outro ser humano. É para me achar mesmo...

Mas claro, que toda regra tem sua exceção e fiquei muito impressionada quando outro dia, na fila do banco, fui maltratada. Cheguei ao banco e mesmo com pressa, resolvi entrar na fila dos mortais, porque estava me sentindo bem e só tinha um homem na minha frente.

Como só tinham 2 caixas e as pessoas sendo atendidas estavam cheias de contas para pagar, tivemos que esperar um tempinho. Assim que uma das caixas foi liberada e o homem da minha frente finalmente iria ser atendido, a caixa me viu e pediu para que ele esperasse, porque eu estava grávida e deveria ir na frente dele.

Resolvi aceitar porque estava realmente apressada e o sorriso da caixa era acolhedor. O cara olhou torto e quando eu estava saindo foi super grosseiro com a caixa, perguntando se ela não queria passar mais ninguém na frente dele, que aquela cena tinha sido um absurdo. É mole? Esse cara não tem mãe não?

Fiquei tão chocada que soltei baixinho, sem que ele escutasse: “É lei, moço”. Enfim, fiquei feliz por ter aceitado usufruir da minha prioridade, porque esse cara merecia.

Mas como eu disse, atitudes como essa são uma exceção, pelo menos aqui no Brasil. Já ouvi dizer que nos EUA, por exemplo, é bem diferente e que nem lugar no metrô eles cedem. Para uma mulher grávida, é bom saber que apesar da violência do nosso país, a maioria das pessoas sabe ser gentil. Ainda há esperança...

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

MEGA SENA DA VIRADA


Falar sobre a mega sena da virada e ano novo é quase a mesma coisa.

Pra quem não sabe, vai ser sorteado no último dia do ano (hoje) a bolada de 140 milhões de reais! 140 milhões é vida nova para qualquer ser humano, não há como negar. Vivo falando que dinheiro não é tudo, mas que ajuda em uma nova vida, isso ajuda.

Se depois do prêmio a vida da pessoa vai mudar para pior (difícil imaginar isso) ou para melhor, não importa. Se ela não doar tudo para a caridade, a vida muda. Não há como negar.

Mas o legal de jogar é que mesmo que você não ganhe, só o fato de imaginar o que se vai fazer com o prêmio já vale a brincadeira. Tudo bem que essa aposta pode ser comparada as resoluções de ano novo, que muitas vezes não saem da nossa cabeça ou do papel.

Mas o bom do ano novo é essa sensaçãoo boa de sonhar nas infinitas possibilidade que o próximo ano pode nos proporcionar: dietas bem sucedidas, promoções no trabalho, casa nova...

Esse ano eu não tenho muita escolha, vou ser mãe, é um fato. Claro que ser mãe com 140 milhões na conta é bem diferente. Mas quando penso na minha filha, o dinheiro perde a importância. Quase (eu disse quase) torço para não ganhar na mega sena da virada, porque não quero uma mimada por aí. Não quero alguém que tenha tudo fácil, acho que tanto dinheiro pode prejudicar na educação, mas é apenas uma teoria que ajuda a me consolar caso meus números não sejam sorteados.

Quero ser uma boa mãe e isso nem 140 milhões podem me ajudar. Depende somente de mim.

Mas o bom mesmo é saber que assim como a mega sena é sorteada durante o ano todo, dando esperança (ou dando de fato) vida nova para mihares de brasileiros, nós podemos recomeçar sempre, toda segunda, toda manhã, toda hora, todo minuto. Basta ter a danada da força de vontade, que depende somente de você, com ou sem 140 milhões de reais.

Mas é claro que uma manhã de ano novo, pode ajudar muito na nossa força de vontade. Então vamos aproveitar para mudar logo na manhã do dia primeiro. Tá bem, o regime pode começar no dia 4, que é segunda feira e ninguém é de ferro.

Feliz Ano Novo!! Ainda dá tempo de jogar na mega sena. Boa sorte!


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

AMIGO OCULTO

Sei que muita gente torce o nariz para a quantidade de amigo oculto que surge no final do ano. Eu não. Eu amo participar dessa brincadeira.

Primeiro porque eu a-d-o-r-o dar e ganhar presentes, mesmo que seja a tal lembrancinha. Na verdade, chego a conclusão de que o que me diverte mesmo é rasgar o papel, é saber que tem um presente ali dentro, que eu não sei o que é e que alguém escolheu especialmente pra mim.

O outro motivo de amar o tal do amigo oculto é porque eu acho genial você não ter que dar presentes para todos os seus amigos ou familiares. Basta comprar o presente de quem você sorteou. Todo mundo daquele grupo de pessoas queridas vai ganhar presente.

Esse ano, infelizmente, só estou participando de um amigo oculto e essas amigas só fizeram porque sabiam que eu ia ficar frustrada se não participasse de nenhum.

Mas como tudo na vida, devo admitir que o amigo oculto está longe de ser um jogo perfeito. Quer dizer, a regra é clara, se estipula um preço e as pessoas compram algo que tenha a ver com o amigo, mas nada é tão fácil.

Muitas vezes participam da brincadeira pessoas que você não tem muita intimidade e aí na hora do sorteio, o jeito é rezar para não tirar aquela pessoa que não é tão sua amiga. E é claro que tem sempre um espertinho que diz: “eu me tirei” e voltam todos os papeizinhos e se realiza um novo sorteio. E você, que tinha tirado aquela pessoa que você queria tirar, muito a contra gosto, mete o papel de volta no saquinho.

Hoje em dia, com o amigo secreto on line, esta prática está ficando cada vez mais difícil, já que quem faz o sorteio é o computador. Entrem lá, vale a pena: http://www.amigosecreto.com.br/

Os maiores inconvenientes, sem dúvida, acontecem na hora de abrir os presentes. Lembro que meu irmão uma vez ganhou de amigo oculto uma caixa de sabonetes. Coitado. Ele tinha uns 12 anos e esperava alguma coisa de criança, um jogo, um bonequinho, sei lá. O pobre tem trauma de amigo oculto até hoje.

Tem também aquelas pessoas que sempre ultrapassam o limite de preço estipulado e todos os outros da roda ficam de olho no sortudo que ganhou um super presente.

Mas  o pior mesmo é o esquecido, o que não leva o presente. Essa pessoa deveria entrar para uma lista negra de amigo oculto e ficar pelo menos 3 anos sem participar.

Mas quando os participantes da brincadeira se empenham em comprar um presente que tenha a ver com o amigo, quando o grupo de sorteados são realmente amigos, não tem como dar errado. O clima fica tão legal que mesmo depois de desembrulhar o papel, ainda que o presente não seja aquele que você queria, você vai abrir um sorriso. E não é falso. Afinal, a pessoa tentou, se lembrou. E esse é o espírito natalino, amor ao próximo, ao amigo oculto.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

EGOTRIP

Acredito que em toda profissão existam as pessoas que tem um ego tão grande que não conseguem reconhecer o trabalho que foi feito em equipe. Elas são tão geniais, que acreditam terem feito o trabalho todo sozinhas.

Na realidade, acho que existem vários tipos de “ególatras”. Tem o marketeiro, aquele que coloca a galera pra ralar, não reconhece o trabalho feito PARA ele, mas depois adora receber o crédito pelo trabalho assinado por ele, que nem sequer foi o coordenador, não aportou nada.

Claro que existe também aquelas pessoas que ralam e estão sempre se sentindo injustiçadas por não levarem  os créditos, mas não percebem que seu chefe foi quem coordenou tudo, que já passou por essa ralação e que, apesar de não parecer, seria impossível que a qualidade do trabalho tivesse ficado tão boa sem a sua supervisão.

Enfim, o trabalho em equipe é difícil e a tendência é que os trabalhos totalmente individuais fiquem cada vez mais escassos. Se precisa de aprovação, já não é um trabalho individual.

Mas o ponto que eu quero chegar é que ás vezes, sem perceber, nós não valorizamos o trabalho do outro, ou porque trabalhamos demais num projeto ou porque nosso ego é tão grande que menosprezamos as contribuições feitas, que muitas vezes apesar de pequenas, fizeram toda a diferença no resultado final.

Difícil controlar o ego em qualquer profissão como eu havia dito antes, mas quando se trata de televisão é ainda pior, tudo por causa dos créditos no final. Imagina se o trabalho de um cirurgião ou de um advogado, profissões que são conhecidas muitas vezes pelo superego, aparecessem em rede nacional?

Por mim, os créditos poderiam sumir. Fico satisfeita com o pagamento e o amor a profissão, como os professores, por exemplo, apesar do salário...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

É O AMOR...


Ontem tive que escutar a seguinte frase de uma amiga: “Você anda com falta de assunto, já quase não atualiza o blog.” Na hora achei graça e concordei, mas no fundo eu sei o porquê de não estar escrevendo mais com tanta frequência.

Gosto de falar sobre o que estou vivendo, sobre o que sei, mas essa minha pseudo síndrome relutante de internauta vovó de insistir em ir contra a exposição da minha vida pessoal, fez com que eu não falasse sobre gravidez, que é o meu momento agora.

Mas não adianta mais lutar contra a exposição. Posso não ter meu perfil no Facebook/orkut, mas minha cara ta lá, no álbum de fotografia dos amigos.

Engraçado isso da gente ter que ir a favor da corrente ou até mesmo mudar de opinião. Fiquei pensando nas coisas que eu sempre “condenei” e que agora tenho um novo olhar. Tudo depende da fase em que você está vivendo.

Na minha fase atual, acho tudo que representa o amor, lindo. Sei que pode parecer piegas, e é. Mas já não olho torto quando vejo alguém na rua com uma camiseta com a foto bem grande do filho com frases do tipo: “Eu te amo” ou “Pai do ano”. Posso não chegar ao ponto de comprar uma dessas camisetas, mas certamente levarei uma foto da minha filha no meu celular e mostrarei de maneira inconveniente para todo mundo que eu encontrar, mesmo que a pessoa não tenha desejado ver.

O amor é brega, todos sabemos. Mas o amor homem e mulher eu já tinha descoberto que era assim. Tem coisa mais cafona que um casal apaixonado se chamar de apelidos e mudar a voz quando vão falar um com o outro!? Mas quando você é uma das pessoas que forma esse casal, tudo é maravilhoso.

Começo a entender minha mãe, que me fazia morrer de vergonha em cada competição de natação, com seus gritos de – preparem-se – “vai minha Deusa”, para que eu chegasse em primeiro lugar.

Fico pensando se vou colocar minha filha em situações embaraçosas e chego a conclusão de que sim. E certamente, também me porei em situações do tipo, quando ela fizer alguma coisa totalmente normal pra idade dela e eu achar que ela JÁ faz tal coisa e a considerar mais um gênio da humanidade.

Próximo passo? Criar um facebook quando ela nascer....

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CULTURA INÚTIL

Nunca entendi as pessoas que compram o Livro dos Recordes, porque sempre me pareceu um livro de feitos bizarros, que não muda a vida de ninguém.

Na minha infância, eu acreditava que o tal do Guiness Book tinha apenas um exemplar. Era uma espécie de livro que guardava os fenômenos da humanidade. Hoje em dia, pode ser encontrado em qualquer livraria do país.

Tem lá os recordes pra gente sentir orgulho de ser brasileiro, como o do maior casamento realizado em uma prisão (Carandiru), o chimpanzé Tião, que é o primata mais votado no mundo numa eleição. Lembram dele? E o maior acarajé do mundo também é brasileiro.

O fato de eu não compreender o motivo das pessoas comprarem o livro, nunca me  tirou o impulso de folheá-lo sempre que vejo um exemplar na minha frente. Impossível me conter. E posso apostar que não existe um ser humano na face da terra que numa sala de espera, com o livro dando sopa em uma mesinha bem à sua frente, resista a ler pelo menos um dos recordes.

Não faço a menor idéia do porquê dos seres humanos sentirem atração por fatos bizarros. Outro dia li em algum lugar que se alguém fosse ler todo o conteúdo da internet (e isso inclui meu blog!) durante 14 horas por dia demoraria 57 mil anos, sem contar o conteúdo que seria publicado durante esses anos.

Na mesma hora acreditei nessa pesquisa, Mas quem pode realmente comprovar sua veracidade? E mais: no que essa pesquisa beneficiou a humanidade? Mas porque dá uma sensação boa saber sobre isso?

Acho divertida a mania que os meios de comunicação tem em comparar alguns fatos com voltas na terra. Chego a criar uma simpatia com o jornalista que se dá ao trabalho de fazer certas comparações. Como ele foi pensar nisso? 

“O dinheiro gasto em gasolina com os deputados federais em 2005, daria para dar 64 voltas ao mundo.” O primeiro sentimento ao ler uma notícia dessas é aquela velha revolta em relação aos políticos brasileiros e seus abusos. Mas, a verdade é que não tenho parâmetros para julgar o quão absurdo são esses gastos. Não sei de cor o número de deputados federais nem quantas voltas dá para dar ao mundo com o que eu gasto de gasolina por ano, se é que dá para dar alguma volta. Mas que dá uma revolta ler essa notícia, isso dá.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

VIAJE BEM, VIAJE VASP


Hoje, viaja-se muito mais de avião do que em qualquer outra época. Só para se ter uma idéia, diariamente mais de 4 milhões de pessoas viajam em vôos comerciais pelo mundo a fora.

Já não existe mais glamour em ter que chegar duas horas antes no aeroporto para vôos internacionais, enfrentar filas e depois disso ainda ter que sentar na cadeira mais desconfortável do mundo por 10 horas, pelo menos quando se viaja de econômica.

A tecnologia evolui, voamos até para a lua, a internet está aí, até o cinema 3D já chegou e as cadeiras de avião da classe econômica continuam desconfortáveis. É inimaginável que nenhum designer tenha desenvolvido uma cadeira confortável praquele micro espaço.

Sempre morro de pena quando vejo aquelas pessoas super altas tendo que se ajeitar na cadeira. Viajei uma vez com a seleção de vôlei brasileira e dava dó dos jogadores, que mal conseguiam sentar. Eu, que sou pequena, já sofro, imagina eles.

Não me esqueço uma vez também que um cara muito mas muito gordo, foi sentado do meu lado e de uma amiga minha até Madri na janela. Ficamos preocupadas de estar dormindo na hora em que ele quisesse ir ao banheiro. Mas o cara não levantou uma vez sequer. Ele ficou lá, estático, durante 9 horas, sem ir ao banheiro ou esticar as pernas nem uma só vez. O pobre deve se programar para agüentar uma viagem dessas.

Mas num vôo longo, o normal é ter que encarar o banheiro do avião pelo menos umas duas vezes. E pra mim, o pior é a descarga. Eu odeio descarga de avião! A impressão que tenho é que vou ser sugada. Fora isso, ainda tem o cheiro que fica impregnado naquele cubículo, além de ter que lavar as mãos naquela mini pia e pisar naquele chão sujinho. Mas não tem jeito, uma hora tem que encarar o danado do banheiro.

Sempre tento monitorar minhas idas para depois da hora do rush, que é logo após as refeições serem servidas. A fila, afinal, é pior do que a descarga. Você fica olhando para a cara das pessoas, pensando se estão ali para o número um ou o dois, se vão fazer a maior bagunça, se são limpinhas...

É curioso pensar que uma viagem de avião no século XXI ainda seja tão cansativa, para não dizer primitiva. Nem na comida eles melhoraram. É sempre uma quentinha horrenda, na maioria das vezes o pão vem frio e se alguém se arrisca a comer carne, parece que se você não comê-la, ela vai te comer antes.

Fora o avião, ainda tem o aeroporto e dependendo do país ou da neurose da época, as filas só aumentam. Tem que tirar sapato, abrir mala, e as perguntas são sempre as melhores: “Você tem alguma bomba, objeto cortante, explosivos na sua bagagem?” Ah, tá, até parece que um terrorista vai dizer que sim. Que pergunta imbecil, dá vontade de gritar!!

E ainda tem a clássica pergunta: “Foi você quem fez essa mala? Está levando alguma coisa para alguém?” É uma neurose que chega a ser risível. Imagina se um filhinho de mamãe responde: "Foi minha mãe que fez minha mala." Será que o cara é barrado? Sempre penso isso...

É, as férias estão chegando.... Vai encarar um vôo? Boa sorte! Pelo menos você não é um bichinho de estimação.