quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

EGOTRIP

Acredito que em toda profissão existam as pessoas que tem um ego tão grande que não conseguem reconhecer o trabalho que foi feito em equipe. Elas são tão geniais, que acreditam terem feito o trabalho todo sozinhas.

Na realidade, acho que existem vários tipos de “ególatras”. Tem o marketeiro, aquele que coloca a galera pra ralar, não reconhece o trabalho feito PARA ele, mas depois adora receber o crédito pelo trabalho assinado por ele, que nem sequer foi o coordenador, não aportou nada.

Claro que existe também aquelas pessoas que ralam e estão sempre se sentindo injustiçadas por não levarem  os créditos, mas não percebem que seu chefe foi quem coordenou tudo, que já passou por essa ralação e que, apesar de não parecer, seria impossível que a qualidade do trabalho tivesse ficado tão boa sem a sua supervisão.

Enfim, o trabalho em equipe é difícil e a tendência é que os trabalhos totalmente individuais fiquem cada vez mais escassos. Se precisa de aprovação, já não é um trabalho individual.

Mas o ponto que eu quero chegar é que ás vezes, sem perceber, nós não valorizamos o trabalho do outro, ou porque trabalhamos demais num projeto ou porque nosso ego é tão grande que menosprezamos as contribuições feitas, que muitas vezes apesar de pequenas, fizeram toda a diferença no resultado final.

Difícil controlar o ego em qualquer profissão como eu havia dito antes, mas quando se trata de televisão é ainda pior, tudo por causa dos créditos no final. Imagina se o trabalho de um cirurgião ou de um advogado, profissões que são conhecidas muitas vezes pelo superego, aparecessem em rede nacional?

Por mim, os créditos poderiam sumir. Fico satisfeita com o pagamento e o amor a profissão, como os professores, por exemplo, apesar do salário...

5 comentários:

  1. Meio polarizada essa descrição do trabalho, não? O que comanda uma equipe e a equipe que carrega o chefe. A maior parte dos trabalhos fica entre essas duas coisas.

    Dependendo das pessoas que vc estiver lidando, créditos podem mesmo se tornar uma questão espinhosa. No entanto, tem outra coisa em jogo aí: autoria, reputação e, consequentemente, melhores pagamentos.

    No caso do áudio-visual, exatamente por se tratar de um trabalho coletivo, é fácil a autoria se perder.

    Por isso, mesmo que grandes pintores tenham tido assistentes, comprado tintas e telas fabricadas por outras pessoas e muitas vezes "chefes" que comissionavam as obras, sua assinatura é o que amarrava isso tudo.

    Guardadas as devidas proporções, áudio-visual é um trabalho artístico e passa por um processo parecido.

    No fundo, se o mercado não ligasse para isso, não seria uma questão. Mas liga.

    Bjs,

    Bruno.

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  2. Adorei o texto!
    Acho que no trabalho com na vida podem existir injustiças. Aprendi que vc pode estar fazendo tudo "certo" e de repente pode não ser reconhecido por isso.
    Mas aprendi também, como a gente sempre conversa, que se a gente corre atrás as coisas acabam acontecendo.
    Afinal o caro que é marketeiro pode até se dar bem de vez em quando. Mas se não há consistência, ele não sustenta sua imagem por muito tempo.
    Será que estou sendo muito otimista?
    Bjs
    Téri

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  3. Bem dito. Muitas vezes o Ego fica exacerbado por insegurança mesmo. E pessoas inseguras normalmente falam demais e se gabam demais. Pra descobrir um ególatra, é só prestar atenção em quem fala muito. Normalmente os dois são a mesma pessoa. bjs, Kika

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  4. Ahmmmmm NÃÃÃOOOOOOOO, QUERO meu nome nos créditos finais SEMPRE!!!! hahahaauhauuahuau

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